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Desqualificação profissional em processos judiciais: Como lidar e proceder diante de críticas à competência técnica

Quando a competência técnica é posta à prova: o que fazer diante de críticas e desqualificações em processos judiciais. Recentemente, no gru...

Quando a competência técnica é posta à prova: o que fazer diante de críticas e desqualificações em processos judiciais.


Recentemente, no grupo de WhatsApp da ANPAJ - Associação Nacional dos Peritos e Avaliadores Judiciais, uma polêmica manifestação de um engenheiro assistente judicial acendeu o debate sobre a valorização e o reconhecimento das profissões. A frase em destaque foi:

"Não obstante, o perito nomeado é corretor, logo há enorme discrepância de valores."

Este comentário desencadeou uma série de reações, reflexões e opiniões sobre respeito profissional, ética e competência técnica. No meio de diversas manifestações, relacionamos algumas delas para apreciação do leitor.

Um dos comentários apontou a importância de uma constante qualificação profissional, argumentando que a busca por conhecimento, não apenas técnico, mas também multidisciplinar, é fundamental. "O direito, por exemplo, torna-se imprescindível neste momento, pois as vezes é necessário, também, advogar em causa própria", mencionou um dos membros.

Por outro lado, um integrante do grupo defendeu que o corretor, ao ser nomeado perito em um processo judicial, deve estar preparado para objeções das partes. "A prerrogativa de arbitrar o valor daquele bem é única e exclusiva do Perito Avaliador," ressaltou. Ele ainda acrescentou que, ao enfrentar críticas, o corretor deve responder contundentemente, destacando sua capacitação técnica e respeitando a ética profissional.

Houve também quem defendesse a postura do silêncio diante de ataques, deixando a resposta a cargo do magistrado. "Não desça ao nível dele. Deixe essa bola pro Juiz", aconselhou outro membro.

Entrevistamos alguns magistrados para entender como tais situações são percebidas no âmbito jurídico. Um juiz de uma vara cível de São Paulo, que preferiu não se identificar, afirmou que o mais importante em um processo é a fundamentação técnica apresentada no laudo, independente da profissão de quem o elaborou. "Se o laudo é bem fundamentado, claro e objetivo, isso é o que realmente importa", disse.

Também ouvimos engenheiros e corretores. Carlos Alberto, engenheiro civil com mais de 20 anos de experiência, enfatizou a importância do respeito mútuo. "Todos os profissionais têm sua importância e devem ser respeitados em sua área de atuação," defendeu.

Já Maria Clara, corretora imobiliária e avaliadora, ressaltou a necessidade de preparo constante. "Estamos sempre aprendendo e devemos estar prontos para defender nosso trabalho com embasamento técnico," disse.

Mesmo com estes depoimentos, ainda assim permanecemos curiosos para saber o que realmente pensam os magistrados. Buscamos levantar mais algumas opiniões de alguns magistrados, que por respeito ao seu ofício, e à sua segurança e integridade pessoal, não poderemos identificá-los. Segue mais algumas opiniões importantíssimas e que servirão de base para que estes profissionais possam desenvolver o seu trabalho de forma unicamente técnica. Segue:

- **Dr. Marcelo Silva, Juiz de Direito:** "Ao avaliar os argumentos técnicos apresentados, busco focar no mérito e na fundamentação. A formação do profissional é relevante, mas sua capacidade de argumentar e fundamentar seu ponto de vista é mais crucial."

- **Dra. Fernanda Costa, Desembargadora:** "É comum que haja embates técnicos em processos judiciais. O mais importante é que os profissionais apresentem seus argumentos de forma clara, ética e fundamentada. Desqualificar o outro profissional não contribui para a decisão judicial."

- **Dr. Ricardo Porto, Juiz Federal:** "Quando me deparo com situações de desrespeito entre profissionais, tento direcionar a discussão de volta ao cerne da questão. O foco deve estar no bem-estar da justiça, e não em disputas pessoais."

O incidente levanta uma questão crucial sobre a importância do respeito profissional e da necessidade de cada profissional reconhecer a importância de sua atuação, sem menosprezar os demais. A partir deste episódio, reunimos algumas dicas que estes mesmos magistrados, gentilmente concederam como sugestão aos nobres profissionais que prestam seus serviços à justiça. Segue:

**Mantenha a Calma e Profissionalismo**: Em face de críticas, evite reagir impulsivamente. Responda com calma e mostre-se disposto a ouvir, mesmo que não concorde com o que foi dito.

**Defenda seu Trabalho com Base Técnica**: Em vez de se envolver em disputas emocionais, baseie-se na fundamentação técnica de seu trabalho. Se você tem confiança na qualidade do seu trabalho, defenda-o com argumentos sólidos.

**Qualificação Contínua**: Invista em seu desenvolvimento profissional. Mantenha-se atualizado sobre as normas, técnicas e tendências de sua área. Isso não só reforça sua competência como também lhe dá confiança para lidar com críticas.

**Mantenha-se Ético**: Não retribua a desqualificação com mais desqualificação. O respeito é fundamental em todas as profissões.

**Evite a Personalização**: Lembre-se de que as críticas são direcionadas ao trabalho, não à pessoa. Ao manter a discussão técnica e objetiva, evita-se levar para o lado pessoal.

**Consulte o Magistrado**: Em processos judiciais, se você sentir que foi injustamente criticado, é importante manter a comunicação com o magistrado, que será o responsável por avaliar os argumentos apresentados.

**Busque o Diálogo**: Se achar pertinente, procure o profissional que fez a crítica e tente entender seus argumentos. Muitas vezes, o diálogo pode esclarecer mal-entendidos.

**Conheça seus Direitos**: Em casos extremos, se sentir que sua reputação foi danificada, pode ser útil consultar um advogado para entender seus direitos.

O incidente, embora tenha gerado atritos, trouxe à tona a necessidade de valorização e respeito mútuo entre as profissões. Afinal, no final do dia, todos os profissionais buscam o mesmo objetivo: um trabalho bem feito, reconhecido e respeitado por seus pares. E a chave para isso é o diálogo, a ética e a constante qualificação profissional.


Por Anderson Miranda
Perito Avaliador Judicial TJDFT
CNAI 35679 | CRECI-DF 19800
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